
O guepardo, também conhecido como chita, leopardo-caçador ou onça-africana, (Acinonyx jubatus), é um animal da família dos felídeos (Felidaee), ainda que de comportamento atípico, se comparado com outros da mesma família.
É a única espécie vivente do gênero Acinonyx. Tendo como habitat a savana, vive na África, Península Arábica e no sudoeste da Ásia. As almofadas das patas da chita têm ranhuras para tracionar melhor em alta velocidade, e sua longa cauda serve para lhe dar estabilidade nas curvas em alta velocidade. Cada chita pode ser identificada pelo padrão exclusivo de anéis existentes em sua cauda.
É um animal predador, preferindo caçar as suas presas através de perseguições a alta velocidade, em vez de tácticas como a caça por emboscada ou em grupo, mas as vezes pode caçar em dupla. Consegue atingir velocidades de 115 a 120 km/h, por curtos períodos de cada vez (ao fim de 400 metros de corrida), sendo o mais rápido de todos os animais terrestres, porém em uma certa ocasião, avistou-se um guepardo que correu atrás de sua presa por 640 metros em 20 segundos, (medidos com um cronômetro), e 73 metros em aproximadamente 2 segundos. Encontram-se chitas no estado selvagem apenas na África, Irã e península Arábia e Afeganistão ainda que no passado se distribuíssem até ao norte da Índia eiao planalto iraniano, onde eram domesticadas e usadas na caça ao antílope, de forma semelhante ao que se faz actualmente com os galgos, (especialmente da raça greyhound).
Actualmente, na Ásia, só existem chitas selvagens no Irã e no Afeganistão, que fica na Península-Arábia, mas trata-se de uma população extremamente pequena (em torno de 300 exemplares no início do século XXI, sem contar algumas populações isoladas). E ameaçada pela pressão humana, sob a forma da caça e do pastoreio, o qual reduz o número de presas, (gazelas) disponíveis, mas por incrível que pareça, o homem não é o maior responsável por isso, pois leões e hienas fazem uma forte competição com o guepardo, que de vez em quando roubam a presa abatida pelo guepardo.
Acrescente-se ainda que a área de ocorrência do chita no Irã encontra-se em região remota, próxima à fronteira com o Afeganistão, onde as forças de segurança iranianas tem dificuldade de penetrar devido à presença de gangues que praticam o contrabando e o tráfico de heroína. As chitas preferem habitar biótipos caracterizados pelos espaços abertos, como semi-desertos e pradaria (savana africana).
Têm uma variabilidade genética geralmente baixa, além de uma contagem de esperma anormalmente alta. Pensa-se que foram obrigadas a um período prolongado de procriaçãoconsanguínea depois de passarem por um evento populacional designado por efeito de gargalo genético.Em relação as fêmeas
Mãe com seu filhote.
Uma certa análise da genética das chitas, na Tanzânia, África, apontou que as fêmeas da espécie são extremamente "promíscuas". Cientistas das cidades de Londres, Nova York, Arusha e Bangcoc analisaram o DNA coletado de amostras de fezes de cerca de 176 guepardos, ou chitas, e ao longo de um período que durou nove a dez anos no Parque Nacional do Serengueti na África. Foi constatado que 45% de 47 ninhadas continham o DNA de mais de 2 pais. Segundo Dada Gottelli, da Sociedade Zoológica de Londres, esses dados poderiam ser muito maiores já que não a equipe de cientistas não conseguiram analisa mais amostras fezes.
"Os filhotes de chitas sofrem uma alta taxa de mortalidade nas primeiras semanas de vida, então é difícil pegar amostras de todos eles", disse a Gottelli, zoóloga.
O fato de terem ninhadas com o DNA de vários pais pode expor as fêmeas a diversas doenças, de acordo com os cientistas que realizaram a pesquisa. Mas o comportamento assegura também a diversidade genética da espécie, que normalmente baixa.
Guepardo em uma reserva africana.
"Se os filhotes são mais variados em termos de genética, isso permitirá que eles se adaptem muito bem e se desenvolvam em diferentes circunstâncias na natureza", disse Gottelli, zoóloga.
A população é estimada acima de 12 mil animais, porém eles enfrentam ameaças como a perda de seu habitat e a caça clandestina, mas por incrível que pareça, o homem não é o maior responsável pelas mortes de guepardos, os "culpados" são os leões e as hienas, que chegam a matar as chitas por causa de presas já abatidas. A altíssima infidelidade entre a maioria de chitas fêmeas, também poderá ajudar a proteger os filhotes do ataque de alguns machos (alguns costumam comer os próprios filhotes se não estiverem vigiados constantemente pela mãe).
"Esta pesquisa não foi feita entre os guepardos selvagens, somente com os exemplares de Zoológico e os de reservas naturais, como foi constatado com vários leões e leopardos, também na Tanzânia", África, contou Gottelli, zoóloga.
Guepardos na cratera de Ngorogoro
Em relação aos machos
Os machos são muito sociáveis e são preparados para a vida social formando grupos. Esses grupos são chamados coligações. A coligação como um todo contribui para unir os membros do grupo.
Os machos são muito territoriais. O tamanho do território, também depende dos recursos disponíveis, podendo variar de 37 a 160 km². Machos marcam seus territórios urinando em objectos como árvores e troncos por exemplo. Os machos tentam matar qualquer intruso, e as lutas vão de lesões leves até a morte, mas que fique bem claro que o machos de guepardo ficam juntos até cada membro encontrar sua parceira para acasalar, mas depois disso "desaparecem", podendo ou não, formar as chamadas coligações novamente.
Machos de guepardo adotam os filhotes perdidos ou órfãos de outros guepardos e os criam como se fossem seus próprios filhotes, eles fazem o papel de pai e mãe. Algo muito incomum no reino animal, principalmente entre os guepardos, já que os machos costumam matar os próprios filhotes, se a mãe não estiver sob uma vigília constante, e são completamente ausentes na criação dos filhotes, só ficam com as fêmeas na época do acasalamento.
Guepardo no Quénia
Maneiras de se comunicar
O guepardo não pode rugir, ao contrário de outros grandes felinos, mas têm as seguintes vocalizações:
Pios: Quando os guepardos tentam encontrar uns aos outros, ou a mãe tenta localizar as crias, utiliza um chamado de alta-frequência, quase latindo. O pios são feitos pelos filhotes de guepardos, quando tentam encontrar a mãe.
"Gagueira": Esta vocalização é emitido por um guepardo durante encontros sociais. Uma "gagueira" pode ser vista como um convite a outros guepardos, uma expressão de interesse, a incerteza, apaziguamento, ou durante as reuniões com o sexo oposto.
Rosnado: Acontece quando o guepardo se sente ameaçado, e quer se proteger de algum predador, embora a defesa mais usada pelo guepardo seja correr.
Ronrono: Esta é uma versão mais "amigável" do rosnado, normalmente é apresentado quando perigo se afasta. Observação: A chita é o único dos grandes felinos que consegue ronronar. .
É a única espécie vivente do gênero Acinonyx. Tendo como habitat a savana, vive na África, Península Arábica e no sudoeste da Ásia. As almofadas das patas da chita têm ranhuras para tracionar melhor em alta velocidade, e sua longa cauda serve para lhe dar estabilidade nas curvas em alta velocidade. Cada chita pode ser identificada pelo padrão exclusivo de anéis existentes em sua cauda.
É um animal predador, preferindo caçar as suas presas através de perseguições a alta velocidade, em vez de tácticas como a caça por emboscada ou em grupo, mas as vezes pode caçar em dupla. Consegue atingir velocidades de 115 a 120 km/h, por curtos períodos de cada vez (ao fim de 400 metros de corrida), sendo o mais rápido de todos os animais terrestres, porém em uma certa ocasião, avistou-se um guepardo que correu atrás de sua presa por 640 metros em 20 segundos, (medidos com um cronômetro), e 73 metros em aproximadamente 2 segundos. Encontram-se chitas no estado selvagem apenas na África, Irã e península Arábia e Afeganistão ainda que no passado se distribuíssem até ao norte da Índia eiao planalto iraniano, onde eram domesticadas e usadas na caça ao antílope, de forma semelhante ao que se faz actualmente com os galgos, (especialmente da raça greyhound).
Actualmente, na Ásia, só existem chitas selvagens no Irã e no Afeganistão, que fica na Península-Arábia, mas trata-se de uma população extremamente pequena (em torno de 300 exemplares no início do século XXI, sem contar algumas populações isoladas). E ameaçada pela pressão humana, sob a forma da caça e do pastoreio, o qual reduz o número de presas, (gazelas) disponíveis, mas por incrível que pareça, o homem não é o maior responsável por isso, pois leões e hienas fazem uma forte competição com o guepardo, que de vez em quando roubam a presa abatida pelo guepardo.
Acrescente-se ainda que a área de ocorrência do chita no Irã encontra-se em região remota, próxima à fronteira com o Afeganistão, onde as forças de segurança iranianas tem dificuldade de penetrar devido à presença de gangues que praticam o contrabando e o tráfico de heroína. As chitas preferem habitar biótipos caracterizados pelos espaços abertos, como semi-desertos e pradaria (savana africana).
Têm uma variabilidade genética geralmente baixa, além de uma contagem de esperma anormalmente alta. Pensa-se que foram obrigadas a um período prolongado de procriaçãoconsanguínea depois de passarem por um evento populacional designado por efeito de gargalo genético.Em relação as fêmeas
Mãe com seu filhote.
Uma certa análise da genética das chitas, na Tanzânia, África, apontou que as fêmeas da espécie são extremamente "promíscuas". Cientistas das cidades de Londres, Nova York, Arusha e Bangcoc analisaram o DNA coletado de amostras de fezes de cerca de 176 guepardos, ou chitas, e ao longo de um período que durou nove a dez anos no Parque Nacional do Serengueti na África. Foi constatado que 45% de 47 ninhadas continham o DNA de mais de 2 pais. Segundo Dada Gottelli, da Sociedade Zoológica de Londres, esses dados poderiam ser muito maiores já que não a equipe de cientistas não conseguiram analisa mais amostras fezes.
"Os filhotes de chitas sofrem uma alta taxa de mortalidade nas primeiras semanas de vida, então é difícil pegar amostras de todos eles", disse a Gottelli, zoóloga.
O fato de terem ninhadas com o DNA de vários pais pode expor as fêmeas a diversas doenças, de acordo com os cientistas que realizaram a pesquisa. Mas o comportamento assegura também a diversidade genética da espécie, que normalmente baixa.
Guepardo em uma reserva africana.
"Se os filhotes são mais variados em termos de genética, isso permitirá que eles se adaptem muito bem e se desenvolvam em diferentes circunstâncias na natureza", disse Gottelli, zoóloga.
A população é estimada acima de 12 mil animais, porém eles enfrentam ameaças como a perda de seu habitat e a caça clandestina, mas por incrível que pareça, o homem não é o maior responsável pelas mortes de guepardos, os "culpados" são os leões e as hienas, que chegam a matar as chitas por causa de presas já abatidas. A altíssima infidelidade entre a maioria de chitas fêmeas, também poderá ajudar a proteger os filhotes do ataque de alguns machos (alguns costumam comer os próprios filhotes se não estiverem vigiados constantemente pela mãe).
"Esta pesquisa não foi feita entre os guepardos selvagens, somente com os exemplares de Zoológico e os de reservas naturais, como foi constatado com vários leões e leopardos, também na Tanzânia", África, contou Gottelli, zoóloga.
Guepardos na cratera de Ngorogoro
Em relação aos machos
Os machos são muito sociáveis e são preparados para a vida social formando grupos. Esses grupos são chamados coligações. A coligação como um todo contribui para unir os membros do grupo.
Os machos são muito territoriais. O tamanho do território, também depende dos recursos disponíveis, podendo variar de 37 a 160 km². Machos marcam seus territórios urinando em objectos como árvores e troncos por exemplo. Os machos tentam matar qualquer intruso, e as lutas vão de lesões leves até a morte, mas que fique bem claro que o machos de guepardo ficam juntos até cada membro encontrar sua parceira para acasalar, mas depois disso "desaparecem", podendo ou não, formar as chamadas coligações novamente.
Machos de guepardo adotam os filhotes perdidos ou órfãos de outros guepardos e os criam como se fossem seus próprios filhotes, eles fazem o papel de pai e mãe. Algo muito incomum no reino animal, principalmente entre os guepardos, já que os machos costumam matar os próprios filhotes, se a mãe não estiver sob uma vigília constante, e são completamente ausentes na criação dos filhotes, só ficam com as fêmeas na época do acasalamento.
Guepardo no Quénia
Maneiras de se comunicar
O guepardo não pode rugir, ao contrário de outros grandes felinos, mas têm as seguintes vocalizações:
Pios: Quando os guepardos tentam encontrar uns aos outros, ou a mãe tenta localizar as crias, utiliza um chamado de alta-frequência, quase latindo. O pios são feitos pelos filhotes de guepardos, quando tentam encontrar a mãe.
"Gagueira": Esta vocalização é emitido por um guepardo durante encontros sociais. Uma "gagueira" pode ser vista como um convite a outros guepardos, uma expressão de interesse, a incerteza, apaziguamento, ou durante as reuniões com o sexo oposto.
Rosnado: Acontece quando o guepardo se sente ameaçado, e quer se proteger de algum predador, embora a defesa mais usada pelo guepardo seja correr.
Ronrono: Esta é uma versão mais "amigável" do rosnado, normalmente é apresentado quando perigo se afasta. Observação: A chita é o único dos grandes felinos que consegue ronronar. .